sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Silêncio!

Silêncio
Composição: tony quintino

Que verdades vem falar se eu não quero te seguir?
Entenda, eu não acredito em mim
E por isso me neguei
Não te permiti ficar
Encanto veio me desafiar

Defendia-me, porém
Revelou-se muito mais
Respirar-te faz tão bem
E adormeço pra te encontrar

Se hoje o tempo não condiz e nos faz assim
Distantes demais
Resta então se conformar?
Mas insisto em te querer talvez por saber
Que no próximo instante, enfim
Teremos todo o tempo a nosso favor

tq

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Gracias!

Pela minha família que sempre serão eles 3!
Pela música!
Pelos amigos!
Pelo carpe diem!
Pelas descobertas!
Pelas surpresas!
Pela saúde!
Pelo 2011 bem vivido!
Pela história até aqui!
Por tudo o que acrescenta!

tq


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Um dia lado a lado!

Veja você onde é que o barco foi desaguar...


Um dia lado a lado
Composição: tony quintino

Eu não esperava entender
Tão pouco encontrar nos livros
Aquilo que me faz crer
Que possa me ceder abrigo

Longe de querer demais
Apenas sim, o que as mãos podem tocar
Te guardo em mim
Pra ninguém mais
Só você

Você que de repente se fez
Tão linda como um fim de tarde
Motivo que te faz ser
A inspiração que me invade

E elevo o teu sorriso até meus sonhos
Onde as mãos podem tocar
Te invento, enfim
Já está em mim

Penso, esqueço, canto
Versos pra você ouvir
Simples, tenso, encanto
Tudo pra me confundir

E assim será
Tanto pra dizer
Espero a primavera chegar
Sigo a admirar sem ver o amor


tq

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Clarice Lispector!

Se eu fosse eu

Quando eu não sei onde guardei um papel importante e a procura revela-se inútil, pergunto-me: se eu fosse eu e tivesse um papel importante para guardar, que lugar escolheria? Às vezes dá certo. Mas muitas vezes fico tão pressionada pela frase "se eu fosse eu", que a procura do papel se torna secundária, e começo a pensar, diria melhor sentir.
E não me sinto bem. Experimente: se você fosse você, como seria e o que faria? Logo de início se sente um constrangimento: a mentira em que nos acomodamos acabou de ser movida do lugar onde se acomodara. No entanto já li biografias de pessoas que de repente passavam a ser elas mesmas e mudavam inteiramente de vida.
Acho que se eu fosse realmente eu, os amigos não me cumprimentariam na rua, porque até minha fisionomia teria mudado. Como? Não sei.
Metade das coisas que eu faria se eu fosse eu, não posso contar. Acho por exemplo, que por um certo motivo eu terminaria presa na cadeia. E se eu fosse eu daria tudo que é meu e confiaria o futuro ao futuro.
"Se eu fosse eu" parece representar o nosso maior perigo de viver, parece a entrada nova no desconhecido.
Noentanto tenho a intuição de que, passadas as primeiras chamadas loucuras da festa que seria, teriamos enfim a experiência do mundo. Bem sei, experimentaríamos enfim em pleno a dor do mundo. E a nossa dor aquela que aprendemos a não sentir. Mas também seríamos por vezes tomados de um êxtase de alegria pura e legítima que mal posso adivinhar. Não, acho que já estou de algum modo adivinhando, porque me senti sorrindo e também senti uma espécie de pudor que se tem diante do que é grande demais.

Clarice Lispector

domingo, 17 de julho de 2011

Porcelana!

Esse é o título da canção que acabei de compor. Isso mesmo, não tem nem dez minutos que fechei a última parte de melodia e letra que faltava.
Porcelana é a espera, é a dúvida, é o querer bem!


Porcelana
Composição: tony quintino

E sei que foi de vez
Não, há, talvez
Conto perdido a se encontrar
Sete sentidos pra notar

Ouso querer além
Já sou de ti refém
Estendo a mão e está lá
Conto os dias pra chegar

Então me calo
E finjo tão bem
Cheguei a duvidar de mim

Nem sei de onde vem
Quiçá prever
E o que virá quem me dirá?
Canto a incerteza de um olhar

Ouço o que vem de mim
Que eu me encontre em ti
Faço da espera meu lugar
Entre encantos, céu e mar

Sei que me calo
Por te querer bem
E sonho em desvendar-te, enfim...

São teus os olhos que fazem da vida miragem
Pra eu me perder
São meus os olhos que seguem
Por vezes naveguem
Pra te convencer


tq

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Chegada!

Chegada
Composição: tony quintino

Viajo no tempo e no espaço
São devaneios, laços de ilusão
Me lanço de encontro aos desejos
Na ânsia de um beijo, nada em vão

E mesmo distante até te vejo
Liberto então dos medos
Me sinto até mais leve
Se em ti tenho meu porto seguro
Quais gritos ou sussurros me farão desistir?

E assim, em meio à tempestades
Que inundam minhas cidades
Posso navegar
É por mim que eu navego
É por ti que não entrego
Minha busca, o eterno sonhar

E assim, permeando meus caminhos
Entre rosas e espinhos
Tento me encontrar
É teu riso que enobrece
Teu amor que me aquece
E não descuida
Que é no canto e nos braços do amanhã que eu vou chegar

tq

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Calêndula!

Calêndula
Composição: tony quintino

Ao final de cada dia
Canções me aquecem do frio
Acalento e desespero
Lembranças e lágrimas

Fuga do mundo comum
Refúgio nas sombras que inventei
Avesso e desalinho
Amargura e suicídio

Às vezes penso que nas páginas amarelas do tempo
Se esconde meu sorriso
Talvez ninguém o veja surgir novamente
Fruto de um amor passageiro

Assim como o sol nas tardes de verão
O fogo da desilusão queima e faz arder
Uma alma convalescente
Que se afoga em lamentos

Quem sabe a dor que eu senti?
Quem pode me dizer quando o pranto vai secar?
O sofrer nosso de cada dia
Me faz acreditar que o amor é vão
Assim como todo amor que dediquei a ti

tq

segunda-feira, 7 de março de 2011

Satine!

Depois de assistir Moulin Rouge, bebendo das frases ditas no filme saiu Satine. Falo dos olhos azuis, do amor de cortesã e de um fim trágico.

Satine
Composição: tony quintino

Eu que sempre procurei encontrar o amor
Perdi toda a minha esperança
Desisti de tentar esse céu alcançar
Quando começarei a viver de novo?

De repente me encontrei nesse mar azul
Revi toda a minha esperança
Veio então pra ficar teu amor, meu lugar
Hoje comecei a viver de novo

Mas nem mesmo o amor é perfeito
Porque meu coração chora?
E o encanto que se tem direito
Se estingue à luz da aurora

Se o mais importante no amor
É aprender a amar e em troca amado ser
Por isso, haja o que houver, te amo

Se a vida assim permitir
Ainda que seja maior na dor
Te levo comigo por onde for

Invento um sorriso infeliz
No pranto me entrego à tristeza
Esqueço de mim ao viver por ti

tq

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Carlos Drummond de Andrade!

Amar

Que pode uma criatura senão entre criaturas, amar?
Amar e esquecer?
Amar e malamar
Amar, desamar e amar
Sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
Sozinho, em rotação universal,
se não rodar também, e amar?
Amar o que o mar trás a praia,
O que ele sepulta, e o que, na brisa marinha
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amor inóspito, o áspero
Um vaso sem flor, um chão de ferro, e o peito inerte,
e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este é o nosso destino:
amor sem conta, distribuído pelas coisas
pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor
Amar a nossa mesma falta de amor,
e na secura nossa, amar a água implícita,
e o beijo tácito e a sede infinita.


Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A pena!

A pena
Composição: tony quintino

Você me vê de formas que eu nunca sonhei ser
Porque talvez você não possa nunca compreender
E essa imagem distorcida me acompanha
Me pergunto qual o grande mal que eu fiz?
Desisto então de te provar, o amor me estranha
Será que sou tão diferente assim?

Outra flor
Sem cor ou sabor
Te afasto das memórias
Pra longe de mim

Descanso, me lanço ao mar
Desenho canções no ar
Me lembro que já fui feliz aqui
Vou me reencontrar


Dizer tudo o que eu sinto só te torna irreal
Perder o tempo e o rumo em passos tortos, fatal
Apago os teus vestígios dentro dos poemas
Me pergunto quando se perdeu de mim?
Quis voar, ter céu e mar, esse é o problema
Sou refulgente, sol nascente, enfim

tq