domingo, 25 de março de 2012

Fernando Pessoa!

Todas as cartas de amor

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartasde amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).


Fernando Pessoa


quarta-feira, 14 de março de 2012

Santuário!

Em meio a muita saudade me veio Santuário. Aos poucos a casa amarela foi silenciando...

Santuário
Composição: tony quintino

Um confronto que aflora
Entre a sombra e a solidão
A tristeza é parceira das horas
Condiciona meu fim, ata-me as mãos

A saudade que impera
Coroando dias tão gris
Só me resta a incerteza da espera
Sinto falta de ser de novo feliz

Sei que esse é o preço
Um caminho sem cor que eu mesmo escolhi
Defronte ao avesso
Mergulhado na minha escuridão
É que calo a revolta do meu coração

A lembrança vai buscar tão longe
A razão do pranto
O vazio que me invade é tanto
Visto a noite fria
Pra tentar me livrar
Vazia
Já nem sei o quanto


tq

domingo, 4 de março de 2012

Victoria!

Esse é o título da música que fiz esta tarde! Como já disse, geralmente demoro pra fechar uma música, mas essa foi super rápida.
Sobre a canção:
Já faz um bom tempo que acompanho uma série americana chamada How I Met Your Mother! Pois bem, revendo a série e especialmente dois personagens, Ted e Victoria, acabei por escrever a música.
A letra é em primeira pessoa, como se eu fosse o personagem central, narrando como é estar apaixonado pela Victoria. Conta a história da chegada do amor e de tudo o que aconteceu no episódio!
É uma balada simples intencionalmente, pois segundo o narrador, o amor não tem que ter complicações... ele tem que ser simples...
Drumroll, please!


Victoria
Composição: tony quintino

É como sentir o ar
É como tocar o sol
Te reconhecer em mim
Ver de dentro pra fora

É como no azul saltar
É como voltar do pó
A arte de nascer o amor
Nascer de dentro pra fora

É como se aconchegar
É como um sonho bom
Sei que está impresso em mim
O invisível que aflora

É como saber dançar
É como apagar a dor
Ter histórias pra contar
De olhos, flores e horas

Esqueço de tudo e me jogo em seus braços
Meu melhor lugar
Me perco do mundo e me prendo em seus laços
Tão simples assim
É só deixar levar e fim


tq