Soneto de contrição
Eu te amo, Maria, eu te amo tanto
Que o meu peito me dói como em doença
E quanto mais me seja a dor intensa
Mais cresce na minha alma teu encanto.
Como a criança que vagueia o canto
Ante o mistério da amplidão suspensa
Meu coração é um vago de acalanto
Berçando versos de saudade imensa.
Não é maior o coração que a alma
Nem melhor a presença que a saudade
Só te amar é divino, e sentir calma…
E é uma calma tão feita de humildade
Que tão mais te soubesse pertencida
Menos seria eterno em tua vida.
Vinicius de Moraes
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Sombra de oliveira!
Então...
Sombra de oliveira
Composição: tony quintino
Mas não sei
De onde vem
Mais além d as franjas do mar
Tem um bom tempo que não passo por estas bandas. Por isso a passagem de hoje faz-se necessária para as devidas atualizações.
Nesse tempo ausente, escrevi algumas canções. Hoje mesmo terminei uma, baseada na linda história da série Hoje é dia de Maria.
Como não é novidade, escrevo a partir do momento que algo me chama atenção, e a história da Maria chamou. Pra variar, Luiz Fernando Carvalho me cativando com uma linguagem só dele.
Abaixo, segue a letra da canção que acabou de sair do forno:
Sombra de oliveira
Composição: tony quintino
Tanto é o tempo que cansei de contar
Esqueço que ficou lá
Assim deixo estar
Chega de repente sem avisar
Feito um rio pro mar
Em mim desaguar
Só não sei
Porque vem
Muito além das franjas do mar
Esperei do pôr-do-sol um sinal
Quis prever temporal
Ser capaz de enxergar
Ler nas entrelinhas o que é real
Ver o tom natural
Pra jamais duvidar
Cadê você, meus olhos d’água?
Sim, foi você que esperei sem saber
E me afoguei de canto e de mágoa
Eu que só quis voar
Eu que por tanto amar caí do céu de mim
Tanto sentimento pra se guardar
A sete chaves trancar
Assim deixo estar
Vezes de reescrever um final
História tão desigual
Me tomo a pensar
tq
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