sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Duas meias!

Procurei por tempos um título pra essa canção. Queria algo que fizesse menção ao silêncio, ao mistério, à descoberta e aos olhos de noite. Primeiramente pensei em dois animais que tem visão noturna (por conta dos olhos de noite da letra): a coruja e o lobo.  A coruja me inspira sabedoria, por isso não poderia representar pessoas apaixonadas. O lobo, por sua vez, me faz pensar no silêncio, nos olhos de noite, na mitologia nórdica com Fenrir... Pronto, sabia que o título teria algo relacionado à lobos, só não sabia o que exatamente. Como sempre, dei tempo ao tempo, e um belo dia lendo sobre fotografias de filmes, acabei chegando ao nome Dança com lobos, que tem uma fotografia fantástica. Lembrando do filme, acabei lembrando do Duas Meias, e aí o título já estava dado. Abaixo, segue a letra da canção que fiz no ano de 2011:

Duas meias
Composição: tony quintino

De folhas secas me cerquei
Nada que o vento deixe estar
De solidão me embriaguei
Vem o silêncio em mim morar
Casto é o choro que verteu
Rasa a esperança a me espreitar
Nessa cadência sou tão eu

No amor perdido, cá estou
Tão sem sentido despertar
Largo sorriso me alcançou
Cabe tão bem me deflagrar
O áudio-retrato que eu te dei
Cai intangível, qual penar
Findo o instante do sonhar

Olhos de noite
Doce ironia
Sol que se esconde
Vejo de longe o fim chegar

Letais amores
À revelia
Morro em teu mundo
Salvo ou impuro?
Vou calar

Do sereno em ti
Fiz segredo em mim

tq