segunda-feira, 25 de junho de 2012

Florbela Espanca!

Amar

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui… além…
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder… pra me encontrar...

Florbela Espanca

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O sol que secou!

Antes de qualquer coisa, quis fugir do "apagar". Imaginei que seria clichê demais falar que o sol apagou e coisa e tal, por isso escolhi a palavra secar. E porque secar?
Na minha cabeça, algo que se apaga ainda está lá, sumiu mas está lá, ensaiando uma possível volta, talvez. Agora algo que seca, nunca mais volta a ser o que era, como era.
Dadas as devidas explicações, esse é o título da minha nova canção - O sol que secou. Sim, terminei-a agora mesmo, às 22h do quarto dia do mês de junho.
Hoje aqui em Curitiba só choveu. E muito! Acho que a chuva me motivou a terminar a letra dessa canção que já vinha cantarolando a dias. Falo do vazio, da tristeza, do cansaço. Coisas recorrentes que as marés sempre me trazem novamente.

O sol que secou
Composição: tony quintino

O que pode ser
Que afaga, abraça, arrasta e toma por seu?
O que cai do céu
Que inunda, afoga e salva? Quem vai me dizer?

E mais um verão se desfez
Já vejo o vazio que vem
É tempo de folhas caídas no chão

O que você tem
Que prende, envolve e sagra? Quem dera saber
O que ninguém viu
Que fere a pele e amarga? Que me faz arder?

E mais um verão se desfez
Já vejo o vazio que vem
É tempo de folhas caídas no chão

Vi passar por mim
O mar se abriu e o tempo parou
Antes mesmo o fim
O céu ruiu ou o sol que secou?

Nem se eu quisesse ou pudesse falar
Nada seria capaz de explicar
O amor
Noite de chuva encontrou lugar
Chuva e poesia, meu sétimo andar
Sem cor


tq