Na minha cabeça, algo que se apaga ainda está lá, sumiu mas está lá, ensaiando uma possível volta, talvez. Agora algo que seca, nunca mais volta a ser o que era, como era.
Dadas as devidas explicações, esse é o título da minha nova canção - O sol que secou. Sim, terminei-a agora mesmo, às 22h do quarto dia do mês de junho.
Hoje aqui em Curitiba só choveu. E muito! Acho que a chuva me motivou a terminar a letra dessa canção que já vinha cantarolando a dias. Falo do vazio, da tristeza, do cansaço. Coisas recorrentes que as marés sempre me trazem novamente.
O sol que secou
Composição: tony quintino
O que pode ser
Que afaga, abraça, arrasta e toma por seu?
O que cai do céu
Que inunda, afoga e salva? Quem vai me dizer?
E mais um verão se desfez
Já vejo o vazio que vem
É tempo de folhas caídas no chão
O que você tem
Que prende, envolve e sagra? Quem dera saber
O que ninguém viu
Que fere a pele e amarga? Que me faz arder?
E mais um verão se desfez
Já vejo o vazio que vem
É tempo de folhas caídas no chão
Vi passar por mim
O mar se abriu e o tempo parou
Antes mesmo o fim
O céu ruiu ou o sol que secou?
Nem se eu quisesse ou pudesse falar
Nada seria capaz de explicar
O amor
Noite de chuva encontrou lugar
Chuva e poesia, meu sétimo andar
Sem cor
tq
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